- Chegando aos 40 -



Já não tenho paciência para algumas coisas, 
não porque me tenha tornado arrogante, 
mas simplesmente porque cheguei a um ponto da minha vida 
em que não me apetece perder mais tempo com aquilo que me desagrada ou fere.
Já não tenho pachorra para cinismo, críticas em excesso
 e exigências de qualquer natureza.
Perdi a vontade de agradar a quem não agrado, de amar quem não me ama, 
de sorrir para quem …quer retirar-me o sorriso.
Já não dedico um minuto que seja a quem me mente ou quer manipular.
Decidi não conviver mais com pretensiosismo, hipocrisia, 
desonestidade e elogios baratos.
Já não consigo tolerar eruditismo selectivo e altivez académica.
Não compactuo mais com bairrismo ou coscuvilhice.
Não suporto conflitos e comparações.
Acredito num mundo de opostos e por isso evito 
pessoas de carácter rígido e inflexível.
Na Amizade desagrada-me a falta de lealdade e a traição.
Não lido nada bem com quem não sabe elogiar ou incentivar.
Os exageros aborrecem-me e tenho dificuldade 
em aceitar quem não gosta de animais.
E acima de tudo já não tenho paciência nenhuma 
para quem não merece a minha paciência.”

- JOSÉ MICARD TEIXEIRA -
 

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