A gente passa muito tempo da vida, dando chances.
Passa uma fase tentando responder e entender as pisadas de bola dos outros.
Releva, reata, gargalha pra quebrar o gelo.
Um dia pula isso tudo e vai logo pro sorrisinho sem graça, já sabendo o final.
Um dia a gente cansa... Eu já tive crises.
Achei que era uma fase rancorosa, depois pensei ser amarga,
voltei pro rancorosa, e cheguei a conclusão que aprendi a me poupar.
Eu já mantive perto pra não quebrar protocolos.
Já deixei de ir pra não causar transtornos.
Já acreditei em promessas, e em “senta aqui, dessa vez vai!”.
Já atendi telefonemas do passado, já deixei voltar quem pediu perdão.
Chega uma fase em que preferimos o sossego de um café e um livro,
a dividir a mesa cheia de remorso e mágoa.
Hoje prefiro a paz do meu silêncio, prefiro não culpar,
não cobrar, não lamentar o que não depende de mim ser mudado.
Quando a gente aprende a importância de se poupar de desgastes,
a gente entende que ir embora não é sinal de ódio, que a distância traz liberdade.
É do que a gente precisa pra continuar nosso processo de paz,
pra continuar amando, pra não destruir o que sobrou,
pra nos poupar de nós mesmos, pra não se acomodar em sofrer,
pra não se culpar mais.
(Desconheço o autor)
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