- A Paz do meu silêncio -




A gente passa muito tempo da vida, dando chances. 
Passa uma fase tentando responder e entender as pisadas de bola dos outros. 
Releva, reata, gargalha pra quebrar o gelo. 
Um dia pula isso tudo e vai logo pro sorrisinho sem graça, já sabendo o final.

Um dia a gente cansa... Eu já tive crises. 
Achei que era uma fase rancorosa, depois pensei ser amarga, 
voltei pro rancorosa, e cheguei a conclusão que aprendi a me poupar. 
Eu já mantive perto pra não quebrar protocolos. 
Já deixei de ir pra não causar transtornos. 
Já acreditei em promessas, e em “senta aqui, dessa vez vai!”. 
Já atendi telefonemas do passado, já deixei voltar quem pediu perdão. 
Chega uma fase em que preferimos o sossego de um café e um livro, 
a dividir a mesa cheia de remorso e mágoa. 
Hoje prefiro a paz do meu silêncio, prefiro não culpar, 
não cobrar, não lamentar o que não depende de mim ser mudado.

Quando a gente aprende a importância de se poupar de desgastes, 
a gente entende que ir embora não é sinal de ódio, que a distância traz liberdade. 
É do que a gente precisa pra continuar nosso processo de paz, 
pra continuar amando, pra não destruir o que sobrou, 
pra nos poupar de nós mesmos, pra não se acomodar em sofrer, 
pra não se culpar mais.

(Desconheço o autor)

0 comentários:

Postar um comentário

 

Minhas Reticências... Copyright 2011 Caixinha de Surpresas Criação by Comunidade Caixinha de Surpresas