Ela quer carregar o mundo. Nos braços, nas costas,
no bolso, no coração.
Não importa o peso, ela aceita o desafio.
Tem pressa, tem sede, mil idéias e ideais.
Faz planos, mas, impulsiva, fica na expectativa do "grand finale"
e se atrapalha. Ainda assim, ela continua.
Tropeça, aprende e recomeça.
Ela quer conhecimento, horizontes e motivos pra sorrir.
Mais dias no calendário, mais noites e madrugadas
e mais de vinte e quatro horas, só pra variar.
Ela é uma, mil em uma e não tem tempo no fim do dia.
Mas às cinco, a tortura, ela tem sono para acordar.
Arruma e desarruma armários, a vida, o pensamento.
Rabisca e guarda papéis, paga contas, revê fotos,
amigos e filmes preferidos.
Ouve e sente boa música, aumenta com prazer o som
e quando é injustiçada, ela desaba e perde o tom.
Se mostra mulher, se vê menina e quer pintar o quarto de lilás.
Ela já teve mais pique, mas mesmo cansada persiste.
Aposta no que há de vir e não desiste da correria.
E ela corre contra o tempo. Do tédio e da solidão.
Tem preguiça aos domingos, pinta as unhas de vinho,
aprende um pouco mais todo dia, compra e lê um velho livro,
sonha e busca um novo rumo, abraça muitos,
briga com meio mundo e escreve sobre o que sente
somente para ela e adormece nas entrelinhas.
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